domingo, 13 de março de 2011

Projeto "POEMÁTICA"

 









Poemática

 BOM JESUS-GO MARÇO/2011

IDENTIFICAÇÃO


Título: Poemática


Série: Todas do Ensino Fundamental e Médio

Data: Será desenvolvido durante o mês de março (mês da Poesia)


Unidade Escolar: Colégio Estadual Pastor José Antero Ribeiro - CEPJAR

Professora: Andréia Alves de Carvalho Borges e
                    Aleandra Alves de Carvalho Oliveira
                     

INTRODUÇÃO


Em um mundo com fronteiras cada vez menos definidas, passamos a conviver com novos conceitos histórico-geográficos, culturais, econômicos e comerciais. Diante disso, os horizontes da escola devem expandir-se na mesma proporção, trabalhando com realidades mais amplas e fazendo-se mais presente na comunidade em que está inserida, usando uma proposta interdisciplinar e transdisciplinar.
No ensino da Matemática, destacam-se dois aspectos básicos: um consiste em relacionar observações do mundo real com representações, princípios e conceitos matemáticos. Nesse processo, a comunicação tem grande importância e deve ser estimulada, levando o aluno à “falar” e a “escrever” sobre Matemática, levando nossos alunos a conhecer e compreender que a matemática escolar pode ser construída a partir de atividades culturais e lúdicas, buscando aproximações entre os conteúdos matemáticos e a poesia.


OBJETIVOS


·        Construir poemas matemáticos, desenvolvendo a capacidade de criar, buscando aproximações entre os conteúdos matemáticos e a poesia;

·        Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades;

·        Utilizar as diferentes linguagens –verbal e matemática- como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir as produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicações.

·        Conhecer e compreender que a matemática escolar pode ser construída a partir de atividades culturais e lúdicas. 

DESENVOLVIMENTO

Sabe-se que as atuais pesquisas da Educação Matemática, apontam transformações no que se refere aos métodos de ensino e de aprendizagem da matemática escolar, seja na exploração de charges, charadas, diferentes linguagens e ilustrações. Também os encaminhamentos de exercícios, são em grande parte, apresentados de forma a contemplar contextos não exclusivamente matemáticos, mas sim, textos elaborados com maior complexidade do que exercícios que dão prioridade à linguagem e à simbologia matemáticas. Desta forma, nesta aula seguimos nesta perspectiva, de valorizar a importância da escrita e da produção textual nas aulas de matemática desenvolvidas. Para iniciar a aula, o professor pode assistir com os alunos o vídeo Trabalhando um poema [Livros e etc.], disponível em:http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/Det
alheObraForm.do?select_action=&co_obra=50510 acesso em 03 de março de 2010. Este vídeo tem por objetivo apresentar a poesia no ensino da linguagem escrita.   
Após assistirem o vídeo questione seus alunos, sobre quais aproximações eles fazem entre a matemática e a poesia? Se ela existe? Se é possível fazer conexões? Conversar um pouco com eles sobre esse assunto, para então propor a atividade 1.
1. O professor de Língua Portuguesa juntamente com o professor de Matemática com apoio do dinamizador do Laboratório de Línguas e Dinamizadores de Biblioteca, trabalhará previamente poesia e poema (versos, estrofes); Com os alunos reunidos em grupos (2 ou 3 elementos), distribua um dicionário de língua portuguesa e uma cópia do poema do Millôr Fernandes (texto em anexo). Solicite que façam uma leitura silenciosa e em seguida, anotem termos matemáticos (com seus respectivos significados) que identificam no poema. Essa atividade desenvolvida em parceira com o professor de Língua Portuguesa pode nos auxiliar, explorando o poema em outra ótica: buscando destacar o tema central; a quem se destina; como o poema foi escrito; quais os elementos centrais do texto; conceitos da época que foi escrito (contexto existente); além de outros elementos possíveis. Após essa etapa, solicite que um aluno de cada grupo escreva  no quadro os termos conhecidos e desconhecidos que identificaram. Questionem-os sobre os quais os conceitos que encontraram e encaminhe a discussão para que os alunos consigam fazer aproximações desses conceitos, relacionando-os com conteúdos matemáticos.
2.  Ainda nos grupos, proponha que os alunos apresentem o poema por meio de uma história em quadrinhos. Essa atividade pode ser desenvolvida em sala de aula (no caderno, por meio de apresentação teatral, com objetos manipuláveis, etc.) ou no LIE, onde os alunos podem organizar sua história utilizando-se das ferramentas computacionais.
3. O professor de Matemática apresentará o livro: Poemática, A Lua de Mel dos que nasceram divorciados, de Uislei Marques Pereira, Editora Kelps, selecionando inclusive umas duas poesias do livro para passar aos alunos.

4. Proponha aos alunos (ainda em grupos) que acessem o sítio do Portal Só Matemática no link: http://www.somatematica.com.br/ poemas.php. Neste espaço, os alunos irão encontrar inúmeros poemas matemáticos. Solicite que os grupos escolham um ou dois poemas dos que lá se encontram disponíveis. Após a escolha feita:

a) Identifiquem no texto, qual conteúdo matemático é abordado.
b) Representem matematicamente o poema escolhido.
5. O professor de Matemática dividirá a sala novamente em grupos de dois ou três alunos e lançará a proposta de criarem poesias com o tema Matemática, que será de livre escolha dos alunos. 
As produções devem ser registradas em cartazes (papel-cartão ou cartolinas coloridas) para ficarem em exposição na sala de aula. Consideramos que, ao formular versos que contenham dados e signos matemáticos juntamente com a força da palavra escrita, os conteúdos são “melhor” fixados, ou seja, aproxima-se a matemática como algo táctil, cotidiano e nítido. 
É interessante gravar alguns alunos recitando os versos e, logo depois, apresentar o áudio para a turma, a fim de incentivá-los a declamar ou cantar suas criações utilizando a Rádio Escola. Para desenvolver essa atividade, pode-se buscar a parceria dos professores de Língua Portuguesa e de Artes, para que colaborem a partir de seus conhecimentos.
Proponha que os grupos produzam versos (poucas estrofes), que possam ser recitados ou cantados, a partir de conteúdos matemáticos recentemente trabalhados em sala de aula. Permita aos alunos escolherem diferentes conteúdos para “versificarem”, e que possam construir com versos livres (recitação de poesia, rap, hip-hop, cordel ou outro ritmo que desejem). 
Serão necessários umas duas aulas, e o professor deverá orientar e dar sugestões sempre que solicitado. Após a entrega deve-se fazer as correções necessárias e devolver para que os alunos utilizem o LIE novamente para digitarem ou apresentarem em slides;
6. Os que fizerem no editor de texto irão imprimir duas cópias: uma será exposta em um mural improvisado próximo à porta de cada sala e a outra será arquivada para que posteriormente seja montado um livro;
7. Cada professor selecionará três poemas de cada turma os quais serão entregues à coordenadora que se reunirá com os professores de Língua Portuguesa e do Laboratório de Línguas para escolherem o melhor de cada série.
8.  Marcar uma data para que junto com a Rádio Escola os três poemas de cada turma sejam recitados ou lidos para todo grupo escolar, e após o término de cada série (por exemplo, ao terminar a declamação de todos do primeiro ano) ir premiando os melhores já escolhidos previamente pela coordenação, dar continuidade chamando as séries seguintes.(sugestão de premiação: medalhas, lapiseiras, calculadoras, chaveiros).

Avaliação
A avaliação deverá ser diagnóstica, processual e continua, ou seja, realizada ao longo de todas as aulas (uma semana ou cinco aulas).
Critérios a serem observados:
- Participação na atividade inicial, discutiu a questão? Colaborou com os colegas? Contribuiu?
- Desenvolvimento e realização das atividades centrais? Participou? Raciocínio adequado?
- O aluno foi argumentativo? Sua produção foi pertinente?
- Participação no desenvolvimento do contexto geral da aula. 
CONCLUSÃO
É importante observar que, embora cada atividade executada seja possível identificar um objeto de estudo principal, esta não estará desarticulada de outras disciplinas, inclusive a Matemática.
A articulação das demais disciplinas e os variados conteúdos são importantes, pois prepara os alunos para tomar decisões, pensar globalmente, compreender linguagens variadas e raciocinar de forma criativa.

Anexos

Poesia Matemática

 




5




10




15




20




25




30




35








Às folhas tantas

Do livro matemático
Um quociente apaixonou-se
Um dia
5 Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base,
Uma figura ímpar;
10    Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo octogonal, seios esferóides.
Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela
15    Até que se encontraram No Infinito
“Quem és tu?”, indagou ele
Com ânsia radical.
“Sou a soma do quadrado dos catetos.
20      Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
E de falarem descobriram que eram
_ O que, em Aritmética, corresponde
A almas irmãs_
Primos-entre-si.
25    E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
30    E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas Senoidais.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclideanas
E os exegetas do Universo Finito.
35    Romperam convenções
Newtonianas e pitagóricas.
E, enfim, resolveram se casar
Constituir um lar.


40




45




50




55




60




65




Mais que um lar,
40  Uma perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações
E diagramas para o futuro
45    Sonhando com uma felicidade
Integral e Diferencial.
E se casaram e tiveram uma
Secante e três cones
Muito engraçadinhos.
50    E foram felizes até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
55    Freqüentador de Círculos Concêntricos Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
60    Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo,
Uma unidade. Era o Triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era a fração
65    Mais ordinária.
Mas foi então que Einstein
Descobriu a Relatividade
Moralidade como,
Aliás, em qualquer Sociedade.


Millôr Fernandes. Trinta anos de mim mesmo.
Rio de Janeiro, Nórdica, 1972.


Língua Portuguesa - Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens

Gramática Reflexiva

1)      Leia: “... indagou ele? Com ânsia radical.”
Qual o significado das palavras em destaque?
Indagou (perguntou) – Radical (total) – ânsia (desejo ardente)

2)      Observe a seguinte frase: “Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclideanas.”
Ortodoxos significa:
            a) as pessoas corretas;
            b) as pessoas que seguem uma doutrina estabelecida;
                  c) as pessoas velhas.

3)      Na frase: “E os exegetas do Universo Finito.” A palavra em destaque significa:
a)      Padres;
b)      místicos;
c)      pessoas que se dedicam a comentários para o esclarecimento ou interpretação de um texto.
     
4)      Identifique a alternativa que contém o sinônimos da palavra em destaque na seguinte frase:
“E tudo era espúrio...”
a)      bom, perfeito;
b)      imoral, indecente;
c)      amor.

5)      Um Quociente apaixonou-se por uma Incógnita.Responda:
a) Como? “Doidamente”

b) Quando? “Um dia”

c) Onde? ”Às Folhas tantas do livro Matemático”

6)      O Quociente observou atentamente a Incógnita de cima e baixo e encontrou nela uma pessoa excepcional admirável. Que versos contêm essa informação?
“Olhou-a com seu olhar inumerável / E viu-a, do ápice à base, / Uma figura ímpar.”

7)      Em que versos o autor apresenta os aspectos físicos da Incógnita?
“Olhos rombóides, boca trapezóide, corpo ortogonal, seios esferóides.”

8)      O Quociente dedicou-se totalmente à Incógnita. Que versos contêm essa informação?
       “Fez da sua  uma vida paralela à dela...”

9)      A quem escandalizou o amor entre Quociente e Incógnita?
Aos ortodoxos das fórmulas euclideanas e aos exegetas do Universo Finito.

10)  O casamento entre Quociente e Incógnita foi aceito por todos? Sim ou não? Por que?
   Não. “Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.”

11)  Quociente e Incógnita casaram-se e tiveram filhos.
a)      Quantos?  Quatro
b)      Quais?       Uma secante e três cones.

12)  Mas a felicidade deles acabou.Dois foram os motivos que determinaram isso. Quais?
1o  A vida deles virou monotonia. 2o O Máximo Divisor Comum apaixonou-se pela Incógnita.

Redação

13)  No texto “Poesia Matemática”, o autor conta-nos uma história entre Quociente e Incógnita. Escreva essa mesma história, substituindo-os por personagens humanas. Você deve seguir o mesmo enredo, isto é, A apaixona-se por B. Mas tempos depois, A ou B apaixona-se por C.
Antes de começar a escrever a história, procure precisar alguns dados:
1o) Como são as personagens?
2o)  Dê um nome para cada personagem.
3o)  Localize o tempo e o lugar dos fatos.
Enquanto tiver compondo o texto, procure não narrar apenas os fatos, mas descrever a reação das personagens diante dos fatos: alegria, tristeza, expectativa, desilusão, solidão, prazer...

Gramática Normativa

14)  Retire do texto 5 substantivos. Classifique-os.

15)  Retire do texto 2 adjetivos. (O professor deve recapitular locução adjetiva e flexão dos adjetivos.)

16)  Circule no texto pelo menos 5 artigos.

17)  Retire do texto um numeral ordinal e um cardinal.

18)  Identifique no texto dois pronomes pessoais do caso oblíquo.

19)  Quadricule no texto os verbos.

20)  Identifique no texto dois advérbios.

21)  Sublinhe quatro preposições existentes no texto.

22)  Marque com um triângulo três conjunções contidas no texto.

Análise Sintática

23)  Analise sintaticamente as frases:
–    Convidaram para padrinhos o Poliedro e a Bissetriz.
-          Um quociente apaixonou-se por uma incógnita.
-          Sou a soma do quadrado dos catetos.
-          Einstein descobriu a Relatividade.

Ciências

24)  Pesquisar sobre a velocidade da luz.

25)  Faça um estudo sobre Pitágoras.

26)  Pesquise sobre Newton e comente sobre suas leis.


Literatura

27)  Explique o que são versos e enumere-os no texto.

28)  Ocorrem no texto dois discursos diretos. Transcreva-os.
Quem és tu?”
“Sou a soma do quadrado dos catetos, mas pode me chamar de Hipotenusa.”

29)   Quais os versos que transmitem a intensidade do amor entre Quociente e Incógnita?

         “E assim se amaram

Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas senoidais.”


30)  O autor critica moralmente a atitude da Incógnita. Cite os versos em que ocorre isso.

         “Desse problema ela era a fração

mais ordinária.”

31)  Comente sobre Millôr Fernandes.


Matemática - Geometria - Números e operações

32)  Copie e relacione as palavras abaixo à sua definição:
(1)   Poliedro
(2)   Bissetriz
(3)   Rombóide
(4)   Trapezóide
(5)   Linhas senoidais
(6)   Cone
(7)   Círculos concêntricos
(8)   secante

(   ) Quadrilátero de ângulos não retos, de lados opostos iguais e lados contíguos              diferentes.
(   ) Diz-se da linha ou superfície que corta outra.
(   ) Semi-reta da linha ou superfície que corta outra.
(   ) Círculos que tem o mesmo centro.
(   )  Sólido limitado lateralmente por uma superfície cônica
(   )  Sólido por superfícies planas.
(   )  Quadrilátero que só tem dois lados paralelos.
      (   )  Movimentos de características sinuosas e periódicas.


Obs. A seguir atividades realizadas por nossos alunos no ano passado o mesmo projeto será realizado este ano.

A Contagem Crescente de Uma Vida

Com seis anos de idade comecei numa escola estudar
 Foi quando descobri a matemática;
Uma novidade que jamais imaginava
Que fosse tão complexa como ela é
Indo um pouco mais adiante
Aprendi as noções de aritmética
Que são os sinais de somar, subtrair, e dividir.
Foi quando passei a apreciar  essa matéria 
Com toda dedicação e ousadia
 Pois agora posso usar  em todos os momentos do dia-dia
comprando ou vendendo, assim vou fazendo muitos cálculos matemático

Para eu chegar num denominador  comum,
Achar a raiz  quadrada, cúbica e outros resultados,
Ao longo dos anos  vou aprendendo
 Mas nunca saberei  100%
 Porque  a contagem de uma vida
 É limitada e a matemática sempre será infinita.


João Fábio
2º “B”


A VIDA E A MATEMÁTICA

Se fica à direita de um vale dez,
Se dobrado vale cem,
Se triplicado vale mil.

Mas se à esquerda de um vale tão pouco,
Uma quantidade tão fútil
Que sua medida vale décimos,
Centésimos ou milésimos.

Mas a vida só vale e depende
 De cada fração dessa par ter valor.

O atleta vence ou perde,
 O aluno reprova ou aprova,
Você pode renascer ou morrer
 Em frações de segundos,
Dependendo da situação em que se encontra.

O zero é um número como os homens,
Que dependendo de sua posição
 Fica sem graça e sem ação.

Hones e Silvana 3o “B”


AMOR MATEMÁTICO

AMOR  é
Olhar para o prisma da esfera
E dizer eu quero e viver
 Determinante é sonhar com uma raiz quadrada
E realizar hipotenusas e porcentagem
  Estando no grau dos mais instintos ângulos

Amor é ter logaritmos e poliedros
É a razão que o cone teria para o problema
É ser só da reta
E se deslumbrar como plano cartesiano
Sem se importar de ser cilindro
E pensar em Pitágoras
Tão alto que o gráfico dos expoentes
atravessaria o perímetro tangente
Amor é dar anistia ao seu polinômio
É sonhar o seno do co-seno
É sentir o mais forte binômio de Newton
É chegar perto da aritmética
E quando os cartesianos são eternos
A porcentagem é à força da razão

Amor é ser par e ímpar sem se impor aos imponentes
No mais belo teorema de Pitágoras

Maria Aparecida e
Gerson Luiz
3o “B”


Amor pela Matemática

Você apareceu na minha vida
Como um problema
Somando as alegrias
Dividindo as tristezas
E o resto que somar
Só vai restar amor pela matemática.

Quando as tristezas
A tudo se conjugar
Com as lembranças do nada.
Somando as alegrias
Dividindo as amizades.
Lembre-se
Que não sou tudo
Que se deve lembrar,
Mas sou um nada
Que aprende a ti amar.

Na Matemática
Aprendi que A pertence a B,
Mas na vida prática
Aprendi que eu pertenço a você.

Wemerson da Silva Santos 2º B

 

Creio na Matemática
Creio na Matemática como qualidade do saber
No saber, como plenitude da solução.
Na solução, como milagre da inteligência.
Creio nos problemas como dádiva do amanhã.
No amanhã, como certeza da esperança.
Esperança da multiplicação dos sonhos. 
Creio nos sonhos como oferta das divisões do amor
No amor como potência do triunfo.
No triunfo como adição da vitória.
Creio que vencer é saber,
Saber usar a Matemática como
Um importante passo para  a vitória
Vitória no ‘’Vestibular’’ e em toda  vida.     


Anélia Cristina S. S. Jesus
Ângela Vieira Araújo
                                 2°  ‘’B’’


APRENDENDO RESOLVENDO

Se um dia você notar
que as equações sugiram na sua vida.
 

Não as deixe de lado.

Procure resolver e veras

O que vai aprender.

Por isso que eu falo,

Basta querer aprender,

Para conseguir resolver.

 EDSON   2ºB


MATEMÁTICA DAS ESTRELAS


NA MATEMÁTICA EU ENCONTTRO O MEU VIVER EA MINHA ESPERANÇA
 E SEMPRE SOMANDO A ESPECTATIVA DE VIDA MELHOR

É SOMANDO QUE EU SEI OS MEUS DIAS DE VIDA,
 E QUANTOS DIAS JESUS VIVEU,
E COM ESSA SOMA DESCOBRI COM QUANTOS DIAS ELE MORREU.


NA VIDA ESTAMOS SEMPRE CORRENDO
PROCURANDO PELO CERTO
MAS DEPARAMOS COM O INCERTO
NÃO PERDENDO A ESPERANÇA QUE O CERTO SEJA CONTRETO.

A MATEMÁTICA É LINDA
EM MATÉRIA DE SOMAR (+), MULTIPLICAR (x), DIVIDIR ( : ) E SUBTRAIR ( - )
QUANDO SOMO, VIVO A CONTAR ESTRELAS E MATEMATICAMENTE FALANDO NESSA DE CONTAR ESTRELAS EU VIVO ALÉM DAS ESTRELAS.


CARLOS ANTONIO DA SILVA
FRANCISCO DAS NEVES
                                    2° “B”






Pesquisa de campo utilização das TICS


CURSO E-PROINFO

TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TIC´s


Nome do cursista: Aleandra Alves de Carvalho Oliveira 
Turma: Bom_Jesus_Rosa
Professor Tutor: Maria Sebastiana Sousa Silva – Atividade 4.1


Através da pesquisa realizada na Escola Municipal Colégio Estadual Pr. José Antero Ribeiro, espero contribuir para uma troca de experiências vivida por mim e demais colegas que trabalham nessa escola. Em nossa escola faz-se o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação em várias aulas, através de uma tipologia de usos de mídia sob dois pontos de vista que pude destacar, que são dos desígnios dos professores e da postura dos alunos em relação às atividades propostas. Pude ver que a disposição foi criada com o intuito de perceber se, com o uso das TIC´s, há uma aproximação da cultura do aluno com a cultura da escola e o modo a facilitar a aprendizagem, estimulando o protagonismo, desenvolvendo competências e habilidades.
Alguns dos professores pesquisados, usam as TIC´s em seu trabalho, visando atender melhor as necessidades dos alunos de hoje, tendo consciência de que eles são sujeitos que chegam à escola "alfabetizados pela mídia" (Green & Bigun, 1995).
Sabemos que hoje o sujeito é visto como estilhaçado e descentralizado, e cuja identidade é definida pela sua posição num espaço social, étnico, cultural. Por esse motivo acredito que a escola assume o papel e chega com um sujeito que vê e interpreta a realidade através de um filtro cultural e social e, ao mesmo tempo cria uma nova subjetividade que efetiva a identidade e a agência social. A linguagem e o discurso interferem na realidade, e são vistos como uma forma de co-participação social. "Os participantes discursivos constroem o significado ao se envolverem e ao envolverem outros no discurso em circunstâncias culturais, históricas e institucionais particulares" (Moita Lopes, pg.30). Nós somos responsáveis por esse discurso, como uma construção social, pode ser percebido como uma forma de ação no mundo. Na atualidade, há a preocupação com a compreensão de quem somos no mundo social. Este é um dos interesses que perpassam as várias áreas do conhecimento e parece ser justificado pelas mudanças bruscas que enfrentamos neste início de século, notadamente o acesso aos meios eletrônicos de comunicação, que torna possível uma exposição constante e imediata à multiplicidade de discursos sobre quem somos ou uma visão da vida humana como múltipla e plural e ao mesmo tempo fragmentada (por esse motivo estamos fazendo esse curso).
Acho interessante ressaltar que em nossa escola procuramos utilizar as mídias que estão à nossa disposição, pois ao mesmo tempo em que aproxima o mundo, incidi no perigo de homogeneizá-lo, colaborando para que percebamos a diferença do que somos feitos e as desigualdades e contradições sob as quais vivemos (é muito visível).
Os jovens que chegam à nossa escola são frutos de um processo educativo amplo, que ocorre no cotidiano das relações sociais, incluindo aí as relações com a mídia, bem diferente do que fomos nos tempos de estudantes. Estes “novos” estudantes impõem mudanças que obrigam à escola e nós educadores a confrontar a diferença e a idéia de que escolarizar o futuro significa ensinar para e com a diferença. Este é um grande desafio para a escola e para nós professores nos tempos atuais: compreender as transformações sociais, ajudar a tornar as informações significativas para nossos alunos, escolher informações verdadeiramente importantes entre tantas possibilidades, compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e profunda e torná-las parte do referencial do aluno. Apesar de estarmos em outra geração, nós educadores também vivemos no mesmo mundo da imagem e somos igualmente expostos às influências da mídia.
Ainda assim pude notar que nossa escola, vive uma relação de conflito, ou pelo menos de fragilidade de parcerias por parte de alguns colegas. Este conflito se acentua por causa da forma como se interpreta o processo social da comunicação contemporânea. Esses colegas tendem-se a se afastar da comunicação midiática, quer pelo desconhecimento do seu significado na vida desses jovens, quer porque a mídia poderia expressar para eles, um certo repúdio, uma dominação complexa da educação tradicional a qual estavam acostumados. Pude perceber ainda que esses educadores utilizavam os equipamentos tecnológicos como acessórios, como "aulas- prêmio" para turmas que se comportam bem ou em final de bimestre quando “não se tinham mais o que trabalhar”.
Posso concluir, que em nossa escola, o aparecimento das TIC´s têm conseguido , através de seus discursos e de suas imagens, atingir a realidade sonhada dos educandos (e conseqüentemente seus interesses) melhor do que o “cuspe-giz” das antigas escolas. Os professores que percebem isso, procuram sempre inserir as TIC´s em suas aulas, pois acreditam que elas se articulam de forma empática com a cultura na qual o aluno está imerso e que podem ser grandes aliadas educativas se soubermos trabalhar com elas, com objetivos claros e definidos, dentro de um contexto maior de aprendizagem. Estes professores (me incluo neles) driblam as dificuldades que têm com carga horária, por isso acreditam no seu poder de sedução e aproximação do aluno ao conhecimento.
De qualquer forma, pode-se dizer que as tecnologias não devem ser avaliadas com deslumbramento ingênuo, elas sozinhas não são suficientes para desencadear um processo de real interesse e aprendizagem na escola. Tecnologias não são as soluções para os problemas escolares. Elas devem ser acompanhadas de modos inteligentes de trabalhar, programados pelos professores e educadores envolvidos no processo de seu uso na escola. Portanto, as tecnologias podem ser instrumentos eficazes dependendo de como forem utilizados e do sentido que lhe atribuírem os usuários e nossa escola há dinamizadores em todos os laboratórios disponíveis a nos apoiarem juntamente com a coordenação pedagógica para que consigamos atingir todos os nossos objetivos propostos. Acredito que sem projetos e atividades que permitam a construção do conhecimento, as TIC´s perdem seu valor.
As TIC´s multiplicaram enormemente as possibilidades de pesquisa de informação e os equipamentos interativos e multimídia vieram colocar à disposição dos alunos um manancial inesgotável de informações. Munidos destes novos instrumentos, os alunos podem tornar-se “exploradores” ativos do mundo que os envolve. Os Professores devem ensinar os alunos a avaliarem e gerirem na prática a informação que lhes chega. Este processo revela-se muito mais próximo da vida real do que os métodos tradicionais de transmissão do saber. Começam a surgir na sala de aula novos tipos de relacionamento. O desenvolvimento das novas tecnologias não diminui em nada o papel dos Professores, antes o modifica profundamente, constituindo uma oportunidade que deve ser plenamente aproveitada. Certamente que o Professor já não pode, numa sociedade de informação e do conhecimento, limitar-se a ser difusor de saber. Torna-se, de algum modo, parceiro de um saber coletivo que lhe compete organizar. Sendo assim, o Professor deixa de se apresentar como o núcleo do conhecimento para se tornar um otimizador desse mesmo conhecimento e saber, convertendo-se assim, num organizador do saber que fornecem meios e recursos de aprendizagem, estimulando o diálogo, da reflexão e da participação crítica.
Aos poucos, conversando com os colegas professores e observando as atividades com os usos de tecnologias, pude perceber que elas se caracterizam em quatro modos básicos de utilização como a Motivação, Ilustração, Pesquisa e o Lazer.
Em nossa escola procuramos sempre trabalhar as TIC´s como motivação no que pretendemos inserir aos nossos alunos como no contexto da aula que será dada depois ou iniciar um debate sobre um determinado tema. Quando utilizamos as produções da mídia, exibimos o filme e podemos dar ênfase às imagens, quando, por exemplo, queremos mostrar uma cidade, um relevo geográfico; ou pode-se dar ênfase ao texto e narrativa. De qualquer modo, o professor dá o recorte que ele pretende e conduz o olhar do aluno para onde se quer chegar. A dinâmica, neste tipo de atividade , é passar o filme ou o programa de computador (que podem ser softwares tutoriais, de exercitação ou mesmo um site) sem grandes interrupções. No entanto, existem atividades em que ele usa o vídeo fazendo intervenções sobre a narrativa, sobre as imagens e os diálogos com o objetivo de estimular os alunos para o conteúdo curricular (por exemplo, professores de línguas estrangeiras que tiram o som e pedem que os alunos criem diálogos para uma cena, ou param o filme antes de uma cena para que os alunos adivinhem o que vai acontecer). Outro aspecto interessante do uso das TIC´s que emergiu na pesquisa: às vezes o professor precisa que o aluno tenha uma visão panorâmica sobre um determinado assunto, então, ele escolhe um filme que fale sobre o tema, ou mostra um software que trabalhe aquele conteúdo. As produções de mídias, em geral feitas para curtos espaços de tempo e valendo-se de imagens e narrativas, adequam-se bem em situações como essas. Nestas circunstâncias, as TIC´s motivam porque facilitam a apreensão do todo e da aprendizagem, para posteriormente haver um aprofundamento do tema. A utilização das TIC´s como ferramenta envolve atividades mais complexas, como por exemplo: utilizar as ferramentas do computador para estimular os alunos a escreverem textos no Word, ou conectá-los a outras escolas para interagir com estudantes através de chats e listas de discussões. São algumas atividades realizadas que acreditamos que possam desenvolver a construção do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades e competências.
Quando trabalhamos com a mídia voltada para ilustração, procuramos sempre ampliar as noções de um assunto previamente tratado em sala de aula. Similarmente ao que ocorre com as atividades de motivação, trabalhamos com evidência nas imagens ou nos textos e usamos tanto as produções das mídias quanto as ferramentas tecnológicas.
Já no uso dessas mídias como fontes de pesquisas, os alunos tanto usam os filmes para encontrar o que é pedido, quanto acessam a Internet e têm que fazer anotações, procurar, observar, classificar. A pesquisa com o uso da mídia é interessante devido às múltiplas dimensões possíveis de serem percebidas nas imagens e nos links, enriquecendo o trabalho. Só constatei o uso da mídia como lazer no caso de preencher vazios(como já citei anteriormente), como a falta de um professor ou o término prematuro do conteúdo curricular.
Acredito ser importante apontar que as tecnologias, quando utilizadas na escola, podem servir para reproduzir os paradigmas tradicionais de ensino, ou ir além, numa viagem através da imagem, dos links e do desenvolvimento do potencial criativo dos alunos, elas podem ser instrumentos eficazes dependendo de como forem utilizadas e do sentido que lhe atribuírem os usuários. Pelo fato do computador e da TV serem meios versáteis, se adaptam a qualquer visão sobre aprendizagem: podem servir como tutores numa perspectiva condutista, ou como ferramentas, numa visão construtivista. No caso específico do computador, ele ainda pode servir como aprendiz numa perspectiva mais globalizante, não esquecendo de reforçar a importância primordial do papel do professor na criação e execução das atividades com o uso das TIC´s. As novas tecnologias permitem que as aulas se tornem muito mais motivadoras quer para os alunos quer para o professor.


Referências

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